Sem dúvidas, ninguém gosta de ter a pele marcada e cheia dessas pequenas inflamações causadas por cravos e espinhas. No entanto, a acne é algo relativamente comum em algumas fases da vida, como na adolescência, por exemplo.
Mesmo assim, ela pode se prolongar até a fase adulta também, embora seja mais comum naquelas pessoas que têm uma pele mais oleosa. Não importa qual seja a idade ou a condição, a acne é um problema sério que merece atenção, pois causa um enorme desconforto.
O que acontece é que existem muitas informações por aí, receitas mágicas e até mesmo dados falsos a respeito deste problema, o que é um grande problema. Então, para entender melhor esse problema, suas causas e como proceder, é só continuar lendo para se informar.
Afinal, o que é Acne?
Pois bem, explicando de uma forma bem simples a acne é uma condição inflamatória da pele que se desenvolve quando os folículos pilosos, que é onde nascem os pelos) ficam obstruídos por células mortas e sebo, aumentando a proliferação de bactérias.
Esse processo de obstrução do poro pode dar origem a uma série de problemas, tais como cravos, cistos, espinhas, caroços e cicatrizes.
Esse tipo de problema tende a ser mais comum em regiões como pescoço, rosto, peito, ombros e costas e o tratamento pode ser bem variado, englobando o uso de sabonetes, realização de esfoliações, mudança alimentar e até mesmo o uso de remédios.
Diferentes Graus
Pois bem, como já foi possível notar, acne é um termo usado para diferentes tipos de inflamação cutânea e é por isso que podemos classificá-la em diferentes graus, de acordo com a intensidade da inflamação, veja:
- Grau 1 – Não inflamatória: acne comedônica que inclui cravos, sejam eles abertos ou fechados
- Grau 2 – Inflamatória: acne pápulo-pustulosa, com lesões dolorosas, avermelhadas ou elevadas na pele, com a possibilidade de ter secreção amarelada em seu interior
- Grau 3 – acne inflamatória: Tipo nódulo-cística, com lesões nodulares que podem conter pus em seu interior
- Grau 4 – Aonglobata, que apresenta lesões maiores e com grande expurgo de secreções. Possui tendência a formação de cicatrizes.
- Grau 5 – acne inflamatória: Tipo fulminante, com um enorme processo inflamatório na pele, incluindo a possibilidade de mal-estar e febre. Elevada tendência de formação de cicatrizes.
Segundo especialistas, este problema tem uma ocorrência maior em adolescentes, por ser uma fase de maior mudança hormonal. No entanto, para alguns o problema dura apenas pouco tempo enquanto para outros ele pode se prolongar por anos.
Existe ainda a acne adulta, que tende a aparecer por volta dos 25 anos de idade. No entanto, as lesões tendem a ser inflamatórias e com pouca presença de cravos.
As lesões das espinhas também podem surgir em decorrência da gestação ou como consequência de alterações hormonais, como o distúrbio da glândula suprarrenal.
Tipos de Acne
Além dos diferentes graus, o problema também possui diferentes tipos, que vamos explicar a seguir:
- Acne neonatal: ocorre em cerca de 20% dos recém-nascidos, normalmente, por causa dos hormônios presentes na placenta da mãe.
- Acne infantil: comum em bebês de 3 a 16 meses que desenvolvem cravos e espinhas que raramente deixam cicatrizes.
- Acne vulgar: esse é o tipo mais comum, que acontece com adolescentes e adultos, principalmente na puberdade.
- Agne conglobata: uma forma grave e mais rara de acne mais presente em homens jovens, com grandes espinhas que atingem diversas partes do corpo.
- Acne Fulminante: uma forma mais grave da acne conglobata que ocorre mais com meninos adolescentes, com elevado número de espinhas no peito e costas.
Principais Causas
Como já foi explicado, existem diferentes tipos de acne e a mais comum é aquela que ocorre durante a puberdade e normalmente é de grau 1 ou 2.
Isso ocorre porque durante a puberdade ocorre um aumento dos níveis hormonais no organismo, especialmente a testosterona. Então esses hormônios acabam estimulando as glândulas da pele, levando-as a um aumento na produção de sebo.
Claro que crianças e adultos mais velhos também podem apresentar quadros de acne. Nesses casos, as causas mais comuns são o excesso de produção de sebo e também a maior concentração de células mortas se acumulando nos folículos pilosos.
O resultado dessa combinação é a obstrução dos folículos, favorecendo o acúmulo de inflamação e de bactérias.
Vale lembrar que os folículos pilosos estão relacionados com as glândulas sebáceas, responsáveis pela excreção de uma substância oleosa, também conhecida como sebo.
Embora possa parecer estranho, é essa substância que ajuda a lubrificar a pele e também os cabelos.
Quando a produção desse sebo está acontecendo em excesso, combinado com as células mortas da pele, pode haver a obstrução de um folículo piloso, que é um ambiente ideal para a proliferação de bactérias.
Tratamento para acne
O principal foco de um tratamento para resolver este problema é a redução da produção de óleo, combater a infecção e acelerar a renovação celular e não é incomum que, em alguns casos, o aspecto da pele piore bastante antes de melhorar.
O mais importante é tratar a acne não apenas por questões estéticas, mas também para preservar a saúde da pele, lembrando que o tratamento também pode servir para a prevenção.
Como existem diferentes tipos e graus, os tratamentos também variam muito, podendo ir de cuidados básicos com a pele até terapia local e medicação oral, bem como a combinação de ambos.
Sendo assim, para decidir isso é preciso considerar a gravidade do problema, a sua localização no corpo e também o metabolismo da pessoa. Mais do que isso, é importante que o médico dermatologista ainda avalie outros aspectos, como a presença de nódulos, de cravos, de espinhas e também as cicatrizes da pele.
Vale lembrar ainda que alguns procedimentos estéticos mais comuns servem apenas para a eliminação das manchas e cicatrizes da pele e não como forma de tratamento do problema. Dentre eles, podemos citar o peeling químico, dermoabrasão, laser, microagulhamento, radiofrequência, cremes com ácido e outros.
Mais do que isso, existem também algumas formas de tratamento natural e caseiro para a acne. Mesmo assim, o mais importante é sempre falar com um dermatologista e ver a melhor indicação para cada caso individualmente!